terça-feira, 14 de abril de 2015

REVISÃO 7ª SÉRIE

Revoluções Puritana e Gloriosa


Revolução Inglesa durou de 1640 até 1688. Foi uma fase que compreendeu a Revolução Puritana, o Protetorado de Cromwell e a Revolução Gloriosa.
Com a morte da rainha Elizabeth I, a dinastia dos Stuarts assume o trono inglês. Os Stuarts entraram em conflito com o Parlamento pois tentaram legalizar o Absolutismo frente ao mesmo. Sabe-se que naquela época, o poder real era exercido de fato desde os Tudors, e o poder de direito pertencia ao Parlamento. Desta forma, o Parlamento busca, a partir de então, exercer o poder de fato.
No século XVI, a burguesia se aliou aos reis, pois necessitava de um poder central para acabar com o poder dos senhores feudais, reformar a Igreja e unificar o sistema de pesos, moedas e medidas. Com a conquista destes objetivos, o poder real já não era mais necessário, portanto a burguesia tentou se livrar do poder absoluto do rei, já que o mesmo criava obstáculos que impediam o seu desenvolvimento, como as leis, os órgãos governamentais e a justiça.

Fatores que levaram à Revolução Inglesa:

- Conflitos da Guerra Civil entre os Puritanos (Cabeças Redonda) cujos adeptos eram burgueses, e o Anglicanos (Cavaleiros) defendido pelo rei.
Alta dos impostos. Isto ocorreu pois os nobres não conseguiram competir com os burgueses na agricultura, portanto agarraram-se a renda do Estado. A solução encontrada pelo rei foi aumentar os impostos para manter a nobreza.
Privilégios concedidos pelo rei às corporações de ofício, o que gerava insatisfação da burguesia.
- Investimentos burgueses na agricultura, incluindo a compra e exploração de terras. Para isso, era necessário expulsar os antigos rendeiros da terra, os quais eram protegidos pela nobreza e pelo rei. Portanto, gerou-se mais um conflito entre a realeza e a burguesia.

Revolução Puritana:

Diversos fatores, como já vistos, estimularam o conflito entre o Parlamento e o rei, mas a verdadeira luta começou no reinado de Carlos I, quando o Parlamento impôs que todas as medidas tomadas relacionadas a impostos, prisões, julgamentos e convocações do exército deveriam ser autorizadas pelo Parlamento. O rei não cumpriu esta imposição e logo depois dissolveu o Parlamento e governou sem ele por onze anos.
As posteriores decisões reais levantaram protestos, como a imposição do Anglicanismo aos puritanos e presbiterianos da Escócia, o que gerou imensas revoltas.
Problemas financeiros obrigaram a reabertura do Parlamento por um pequeno período, mas com a revolta separatista na Irlanda e a consequente necessidade da organização de um exército, a reunião parlamentar tornou-se obrigatória a cada três anos, e o rei perdeu o direito de dissolvê-lo.
Oliver Cromwell assumiu o comando do exército parlamentarista. Desenvolveu a organização militar, em que a ascensão de um determinado indivíduo era dada por merecimento e não mais por nascimento. O exército parlamentarista tornou-se uma poderosa força política e acabou assumindo o controle em 1649, quando implantou a República. Mandou decapitar o rei Carlos I e destituiu a Câmara dos Lordes.

República de Cromwel:

Em 1649, ocorria, então, a República da Inglaterra, Cromwell venceu Carlos II (filho de Carlos I) e dominou o Império Britânico.
Sua medida mais importante foi o Ato de Navegação, o qual instituía que todos os produtos importados pela Inglaterra só poderiam ser transportados por navios britânicos. A medida provocou um conflito com os Países Baixos, que eram grandes transportadores de mercadorias, e estabeleceu a supremacia inglesa nos mares.
Seu governo foi bastante rígido, o que fez com que o Parlamento tentasse limitar o poder de Cromwell, consequentemente, o Parlamento fora dissolvido e Cromwell pôde se declarar como o protetor da Inglaterra, Escócia e Irlanda. Nascendo o período conhecido como Protetorado de Cromwell.
Com sua morte, o poder é passado ao seu filho Ricardo, mas por ser considerado incapaz, é destituído.

De um lado os burgueses desejavam segurança e de outro, escoceses e irlandeses desejavam a monarquia de volta.
Carlos II, que estava refugiado na Holanda, retorna a Inglaterra e assume o trono, prometendo a anistia geral e tolerância religiosa. Mas nada voltara a ser como antes da República, pois a burguesia tornara-se mais forte que a nobreza, a Igreja Anglicana deixara de ser instrumento das mãos reais e o rei não passava de um funcionário da nação.

Revolução Gloriosa:

Carlos II, sentindo-se muito limitado pelo Parlamento, resolve aliar-se secretamente ao rei católico e absolutista Luis XIV da França. Isto fez com que o Parlamento suspeitasse do rei inglês e impedisse sua interferência política sem autorização parlamentar.
Seu sucessor e irmão Jaime II assume o trono, e como era católico, tomou várias medidas que favoreceram os católicos, gerando uma revolta no Parlamento, o qual chamou Maria Stuart e seu marido Guilherme de Orange para assumir o governo no lugar de Jaime II, que fugiu para a França.

Guilherme de Orange foi proclamado rei quando concordou com a Declaração de Direitos, que limitava seu poder e aumentava o do Parlamento.
A partir de então o poder real se tornava apenas de direito, pois não tinha poder algum sobre o Parlamento, que agora possuía controle sobre o trono e decidia sobre os rumos do Estado.
A Revolução Gloriosa é chamada assim pois não houve derramamento de sangue. Representou a vitória da burguesia, que agora possuía o controle total do Estado. Podendo dissolver todos os obstáculos que a impediam de se desenvolver.

A Inglaterra, depois de então, desenvolveu-se tanto que permaneceu sendo a maior potência mundial até o início do século XX.

OBSERVAÇÃO: LEIA A POSTAGEM ABAIXO SOBRE ILUMINISMO E O HERÓI INDÍGENA PIAUIENSE MANDU LADINO

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