sexta-feira, 13 de maio de 2011

HISTÓRIA DO BRASIL

PERÍODO PRÉ-COLONIAL
A Fase do Pau-Brasil (1500-1530)

Não houve a colonização do Brasil, pois os portugueses não se fixaram na terra.

Os portugueses começaram a explorar o pau-brasil da mata Atlântica.

Os portugueses utilizaram o escambo, ou seja, deram espelhos, apitos, chocalhos e outras bugigangas aos nativos em troca do trabalho (corte do pau-brasil e carregamento até as caravelas).

Construíam as feitorias no litoral .

As feitorias foram entreposto comerciais, geralmente fortificados e instalados em zonas costeiras, que os portugueses construiram para centralizar e, assim, dominar o comércio dos produtos locais para o reino (e daí para a Europa). Funcionavam simultaneamente como mercado, armazém, ponto apoio à navegação e alfândega. Eram governadas por um "Feitor" encarregue de reger as trocas, negociar produtos em nome do rei e cobrar impostos (o quinto).
Nestes trinta anos, o Brasil foi atacado pelos holandeses, ingleses e franceses que tinham ficado de fora do Tratado de Tordesilhas.

Para tentar evitar estes ataques, Portugal organizou e enviou ao Brasil as Expedições Guarda-Costas, porém com poucos resultados.

No ano de 1530, o rei de Portugal organiza a primeira expedição com objetivos de coloni­zação. Esta foi comandada por Martin Afonso de Souza e tinha como objetivos: povoar o território brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.

BRASIL COLÔNIA
  A fase do Açúcar (séculos XVI e XVII)
- Grande aceitação do produto na Europa.Adaptação       ao clima e solo.
- Portugal lucraria com o comércio e ainda colonizaria a região.
- Divisão do Brasil em capitanias hereditárias (faixas de terras que foram doadas aos donatários) Donatários: podiam explorar os recursos da terra, porém ficavam encarregados de povoar, proteger e estabelecer o cultivo da cana-de-açúcar.
- Resultado do sistema de capitanias: do ponto de vista político fracassou, em função da grande distância da Metrópole, da falta de recursos e dos ataques de indígenas e piratas. As capitanias de São Vicente e Pernambuco foram as únicas que apresen­taram resultados satisfatórios, graças aos investi­mentos do rei e de empresários.
 Administração Colonial
As Capitanias hereditárias foram um sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III, em 1534. Este sistema consistia em dividir o território brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa Portuguesa).
Este sistema foi criado pelo rei de Portugal com o objetivo de colonizar o Brasil, evitando assim invasões estrangeiras. Ganharam o nome de Capitanias Hereditárias, pois eram transmitidas de pai para filho (de forma hereditária).
Estas pessoas que recebiam a concessão de uma capitania eram conhecidas como donatários. Tinham como missão colonizar, proteger e administrar o território. Por outro lado, tinham o direito de explorar os recursos naturais (madeira, animais, minérios).
O sistema não funcionou muito bem. Apenas as capitanias de São Vicente e Pernambuco deram certo. Podemos citar como motivos do fracasso: a grande extensão territorial para administrar (e suas obrigações), falta de recursos econômicos e os constantes ataques indígenas.



- Após a tentativa fracassada de estabelecer as Capitanias Hereditárias, a coroa portuguesa estabeleceu no Brasil o Governo-Geral. Era uma forma de centralizar e ter mais controle da colônia.
- Primeiro governador-geral: Tomé de Souza, que recebeu do rei a missão de combater os indígenas rebeldes, aumentar a produção agrícola no Brasil, defender o território e procurar jazidas de ouro e prata.
Tomé de Sousa

 funções dos auxiliares do governador geral eram:

capitão-mor: responsável pela defesa do litoral;

provedor-mor: responsável pelas finanças coloniais;

ouvirdor-mor: responsável pela justiça colonial.

- Câmaras Municipais: órgãos políticos compostos pelos "homens-bons". Estes eram os ricos proprietários que definiam os rumos políticos das vilas e cidades. O povo não podia participar da vida pública nesta fase.
Capital do Brasil: Salvador.
 Base da economia colonial: engenho de açúcar.

 A sociedade Colonial

- Grande diferenciação social. No topo da sociedade, com poderes políticos e econômicos, estavam os senhores de engenho. Abaixo, aparecia uma camada média formada por trabalhadores livres e funcionários públicos. E na base da sociedade estavam os escravos de origem africana.
- Sociedade patriarcal.
- A casa-grande era a residência da família do senhor
de engenho. Nela moravam, além da família, alguns agregados. O conforto da casa-grande contrastava com a miséria e péssimas condições de higiene das senzalas (habitações dos escravos).


UNIÃO IBÉRICA
O domínio espanhol (1580-1640)

- Em 1580, com o objetivo de unificar a Península Ibérica, Felipe 11, rei da Espanha, incorpora pacifi­camente o reino Português, tornando-se o mais po­deroso monarca europeu.

- As principal conseqüências da união ibérica:
incentivo à penetração pelo interior; 
expansão da pecuária; novas e intensas incursões européias, baseadas nos conflitos entre Espanha e o resto da Europa; 
as invasões holandesas , que invadiu a zona canavieira da colônia.
- Após a expulsão dos holandeses, o açúcar entra em declínio, pela perda do monopólio. 
A segunda metade do século XVII, foi tempo de crise. 
Passa­se a estimular o bandeirismo para a busca do ouro nas Minas Gerais, que marcaria a segunda fase da colonização.

OS HOLANDESES NO BRASIL 
CAUSAS DAS INVASÕES HOLANDESAS
 Remotas
 - Insatisfação da Holanda com a Bula de Alexandre IV, que dividiu o mundo a descobrir entre Espanha e Portugal.
- Existência na Holanda, bem como em outros países de grandes capitais privados, pertencentes a judeus expulsos da Espanha pela Inquisição.
- Predomínio, na Holanda, do calvinismo, ramo protestante que dignificou o lucro e o juro, favorecendo a formação de grandes riquezas privadas e nacionais.
- Monopólios comerciais exercidos pela Espanha e Portugal, criando sérios embaraços ao pleno desenvolvimento das atividades comerciais da Holanda.

Imediatas
 - União das coroas portuguesas sob Felipe II (1580-1640), envolvendo Portugal e, por extensão, o Brasil nas lutas religiosas que esse rei mantinha contra Inglaterra, França e Holanda.
- Lutas pelo domínio comercial do mundo.
- Fechamento dos portos luso-espanhóis aos holandeses que viviam com as rendas obtidas dos transportes de mercadorias entre diversos países.
- Vitória da Companhia Holandesa das Índias Orientais, criada em 1602, que tirou, em 10 anos de atividades comerciais, o monopólio português no Oriente.
- Fraqueza militar do Brasil e área de grande expressão econômica, em razão da abundância de açúcar aqui cultivado e que abastecia o mercado mundial, despertando assim a cobiça econômica.
- Excelência do Recife, como base naval para interferir no comércio espanhol e português, bem como ponto estratégico de irradiação de suas conquistas sobre toda a América do Sul.
- Desejo holandês de expandir o calvinismo no mundo.

Objetivos dos holandeses
 Na invasão de Pernambuco, os holandeses visavam apoderar-se, economicamente, da enorme riqueza representada pelo açúcar e pau-brasil desta rica capitania, ao mesmo tempo que, baseados no Recife, ampliariam gradativamente suas conquistas, estendendo-as a todo o litoral nordestino. O Recife oferecia excepcionais condições defensivas contra um ataque partido de terra e, também, excelente porto para abrigar enorme esquadra, além de, geograficamente, estar em posição central no litoral nordestino do qual pretendiam apossar-se.

Em 1637, chega a Pernambuco Maurício de Nassau para governar os domínios de Holanda no Brasil.
Nassau fez uma excelente administração no Brasil e consegue manter a cooperação dos luso-brasileiros (Frei Calado do Salvador).
Em 1640, sob a liderança de D. João IV, Portugal liberta-se de Espanha.
Na impossibilidade de sustentar, por falta de meios suficientes, a luta ao mesmo tempo com Espanha e Holanda, D. João IV concerta uma trégua de 10 anos com a Holanda (1340-1650), com vistas a resolver por partes os problemas do reino.
Por dita trégua, a luta entre Portugal e Holanda ficava suspensa por 10 anos, e esta ficaria com a posse de seus domínios, não podendo, no entanto, ampliá-los no Brasil.
A Holanda não respeita a trégua; ao contrário, amplia seus domínios, conquistando inclusive Sergipe e o Maranhão.


Insurreição Pernambucana

A seguir teria lugar a Insurreição de Pernambuco (1645-1654), motivada pelas seguintes causas:
- promessas não concretizadas, de D. João IV, por falta de recursos bélicos, de apoiar a insurreição;
- antagonismo de ordem religiosa (Catolicismo x Calvinismo);
- repercussão positiva da Restauração do Maranhão;
- espírito de revolta latente nos patriotas do Brasil;
- partida de Maurício de Nassau, administrador excepcional, que conseguira fazer um governo justo, de paz e progresso para os patriotas e Holanda;
- desmandos adotados pelo governo que lhe sucedeu, por adotar medidas extorsivas e humilhantes para os luso-brasileiros, incluindo-se o exacerbamento da intolerância religiosa.

E MORREU MARIA PREÁ... 



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