quarta-feira, 27 de agosto de 2014

ROTEIRO DE ESTUDO: PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA LATINA








SOCIEDADE: 
Dois grupos se destacavam

Chapetones - colonos brancos nascidos na Espanha, eram privilegiados.


Criollos - brancos nascidos na América e descendentes dos espanhóis. Eram ricos, proprietários de terras mas, não tinham os mesmos privilégios dos Chapetones.

FATORES DA INDEPENDÊNCIA 
Monopólio comercial em benefício da metrópole; 
Desigualdade de direitos entre os criollos, nascidos nas colônias, e os chapetones, nascidos na Espanha; 
Enfraquecimento da Espanha pelas guerras napoleônicas.

O Haiti foi o primeiro país latino-americano a declarar-se independente. Negros e mulatos se unem sob a liderança de Toussaint L'Ouverture e, mais tarde, do ex-escravo Jean-Jacques Dessalines e combateram as tropas francesas até a proclamação em 1 de janeiro de 1804.

Simon Bolívar e San Martín, os  “Líbertadores da América”,

 É importante lembrar que estes homens tinham projetos políticos diferentes. San Martín foi um general argentino que obteve sucesso no seu esforço para a independência da Espanha e ele defendia um governo monárquico. 

Enquanto Simon Bolívar foi um militar venezuelano e líder revolucionário responsável pela independência de vários países da América Espanhola que defendia um governo republicano.

Porém, é importante ressaltar que a elite hispano-americana libertou a região do domínio espanhol,mas não rompeu a dependência da europa.

A situação econômica continuou de dependência com relação à europa, especialmente com a Inglaterra e a população continuou excluída das decisão políticas e em condição de miséria.


O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL TEM INÍCIO COM O BLOQUEIO CONTINENTAL DECRETADO POR NAPOLEÃO BONAPARTE CONTRA A INGLATERRA.

Em janeiro de 1808, Portugal estava preste a ser invadido pelas tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte. Sem condições militares para enfrentar os franceses, o príncipe regente de Portugal, D. João, resolveu transferir a corte portuguesa para sua mais importante colônia, o Brasil. Contou, neste empreendimento, com a ajuda dos aliados ingleses.
Chegada da família real ao Brasil 
Nos quatorze navios, além da família real, vieram centenas de funcionários, criados, assessores e pessoas ligadas à corte portuguesa. Trouxeram também muito dinheiro, obras de arte, documentos, livros, bens pessoais e outros objetos de valor.

Após uma forte tempestade, alguns navios foram parar em Salvador e outros na cidade do Rio de Janeiro. Em março de 1808, a corte portuguesa foi instalada no Rio de Janeiro. Muitos moradores, sob ordem de D. João, foram despejados para que os imóveis fossem usados pelos funcionários do governo. Este fato gerou, num primeiro momento, muita insatisfação e transtorno na população da capital brasileira.

No ano de 1818, a mãe de D. João, D. Maria I, faleceu e D. João tornou-se rei. Passou a ser chamado de D. João VI, rei do Reino Unido a Portugal e Algarves.
Abertura dos portos às nações amigas significou a ruptura do pacto-colonial

Uma das principais medidas tomadas por D. João foi abrir o comércio brasileiro aos países amigos de Portugal. A principal beneficiada com a medida foi à Inglaterra, que passou a ter vantagens comerciais e dominar o comércio com o Brasil. Os produtos ingleses chegavam ao Brasil com impostos de 15%, enquanto de outros países deveriam pagar 24%. Este privilégio fez com que nosso país fosse inundado por produtos ingleses. Esta medida acabou prejudicando o desenvolvimento da indústria brasileira.


REVOLTA LIBERAL DE PORTO

Ocorrida na cidade do Porto em Portugal no ano de 1820 que levou à queda do absolutismo e a instalação de uma Assembleia Constituinte (Cortes de Lisboa). As Cortes de Lisboa caractrerizaram-se por uma dupla posição política, pois eram liberal em relação a Portugal, mas defendiam a recolonização do Brasil e o retorno imediato de D.João VI.

1822: o caminho para a Independência

Em 9 de janeiro de 1822, dom Pedro recebeu um abaixo-assinado que pedia sua permanência no Brasil. Contrariando as determinações das Cortes, decidiu ficar. Sua decisão marcou o Dia do Fico, momento importante na última fase da independência brasileira.
Em maio do mesmo ano, dom Pedro assinou uma portaria estabelecendo que só seriam seguidos os decretos das Cortes firmados por ele, ato que ficou conhecido como “Cumpra-se".
Em agosto, o príncipe regente viajou até a província de São Paulo, para estreitar laços de unidade e contornar divergências políticas locais. Ao receber, durante essa viagem, decretos das Cortes que anulavam seus principais atos, acabou por proclamar a Independência do Brasil, às margens do riacho do Ipiranga (na atual cidade de São Paulo), a 7 de setembro de 1822.

Quadro Independência ou Morte

O grito do Ipiranga

O nome original da tela acima é Independência ou Morte, mas ela ficou conhecida como O grito do Ipiranga. Atualmente no salão nobre do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP), é a obra mais
famosa do pintor paraibano Pedro Américo (1843-1905), realizada em 1888..
Trata-se de uma pintura a óleo (7,60 x 4,16 m) que mostra dom Pedro I proclamando a Independência do Brasil. Atrás dele estão, à direita e à frente do grupo principal, os cavaleiros da comitiva; à esquerda, e em contraponto aos cavaleiros, um longo carro de boi, guiado por um homem do campo, que olha a cena curioso.
No entanto, a Independência do Brasil foi um acordo, e não uma rebelião, como nas outras colônias americanas. Como se trata de uma encomenda, o pintor Pedro Américo idealizou o momento do rompimento com a metrópole segundo os ideais românticos da época, com heroísmo e pompa.


Desdobramentos políticos da Independência

A emancipação do domínio português resultou de uma aliança política entre a elite rural brasileira, apoiada pela maçonaria, e o príncipe dom Pedro, que excluiu a participação das camadas populares e suas possíveis reivindicações.
Na prática, significou a separação política de Portugal e a perpetuação de privilégios socioeconômicos, na medida em que não provocou mudanças estruturais na nação emergente. O Brasil que nasceu da Independência era um país monárquico, agrário e escravista, dominado politicamente pela aristocracia rural e dependente economicamente do capital inglês.
Depois de proclamada, a Independência precisou ser consolidada, tanto no plano interno quanto no externo. Os interesses em jogo no novo país eram muito diferentes, e a busca do reconhecimento internacional da Independência brasileira foi demorada e dispendiosa. 










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