PRESTE ATENÇÃO NA EXPLICAÇÃO DO MESTRE WILSON
Podemos citar como principais fatores:
O anuncio das Reformas de Base ( reforma agrária, plebiscito para aprovar nova constituição, nacionalização das refinarias estrangeiras).
Os militares viram essas propostas como uma ameaça comunista e assim, buscaram apoio dos políticos da UDN e do governo norte-americano.
A Igreja Católica também era contra a "ameaça" comunista e por isso, mobilizou o povo através da Marcha da família com Deus pela liberdade.
Foi assim, com o apoio da elite política, da Igreja e do governo norte-americano que os Militares tomaram o poder no Brasil em 1964.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO REGIME MILITAR
- Cassação de direitos políticos de
opositores;
- Repressão aos movimentos sociais e
manifestações de oposição;
- Censura aos meios de comunicação;-
Censura aos artistas (músicos, atores, artistas plásticos);
- Aproximação dos Estados Unidos;- Controle
dos sindicatos;
- Implantação do bipartidarismo: ARENA (governo)
e MDB (oposição controlada);
- Enfrentamento militar dos movimentos de
guerrilha contrários ao regime militar;
- Uso de métodos violentos, inclusive
tortura, contra os opositores ao regime;
-“Milagre econômico”: Incentivo à entrada
maciça de capitais estrangeiros combinada ao arrocho salarial, resultando em
elevados índices de crescimento econômico e inflação baixa. (entre 1969 a 1973)
em poucos anos houve um grande aumento da dívida externa.
A PROPAGANDO UFANISTA DOS GOVERNOS MILITARES
SLOGAN DO GOVERNO MÉDICI |
UFANISMO-s.m. Comportamento de quem se orgulha exageradamente de algo.
Patriotismo em excesso; orgulho desmedido de seu próprio país: o ufanismo aparece em competições esportivas.
O governo militar brasileiro iniciou um período de campanhas ufanistas para conquistar simpatia da população. Assim, surgiram os slogans:
"Ninguém segura este país"
"Brasil, ame-o ou deixe-o"
e as músicas com refrão "Eu te amo, meu Brasil, eu te amo; ninguém segura a juventude do Brasil", "“Este é um país que vai pra frente (…)".
O hino da Copa de 1970 era cantado pelo país: "noventa milhões em ação, pra frente, Brasil do meu coração (…) Salve a seleção".
A euforia gerada na população pela vitória na primeira transmissão ao vivo de uma Copa levava-a às ruas para cantar versinhos patrióticos, misturando governo e futebol em um carnaval fora de época.
Se compararmos com o Governo brasileiro atual cujo slogan é: "Brasil, um País de Todos"
Veríamos que atualmente vivemos numa democracia e que a inflação que aterrorizou o período militar, volta a assustar o país.
A ARTE CONTRA A DITADURA
O golpe militar de 1964 instaurou no Brasil uma forte censura, praticada através dos Atos Institucionais (AI’s)criados para aumentar a repressão do Estado sobre a população ou qualquer manifestação que fosse contrária ao governo imposto no país. Não demorou para a música – enquanto manifestação artístico-cultural de forte teor político – estar entre os principais alvos da censura. Mas nem isso calava a voz dos artistas.
A música Alegria, Alegria foi lançada em 1967, por Caetano Veloso. Valorizava a ironia, a rebeldia e o anarquismo a partir de fragmentos do dia-a-dia. Em cada verso, revelações da opressão ao cidadão em todas as esferas sociais. A letra critica o abuso do poder e da violência, as más condições do contexto educacional e cultural estabelecido pelos militares, aos quais interessava formar brasileiros alienados.
Caminhando (Pra não dizer que falei das flores) é uma música de Geraldo Vandré, lançada em 1968. Vandré foi um dos primeiros artistas a ser perseguido e censurado pelo governo militar. A música foi a sensação do Festival de Música Brasileira da TV Record, se transformando em um hino para os cidadãos que lutavam pela abertura política. Através dela, Vandré chamava o público à revolta contra o regime ditatorial e ainda fazia fortes provocações ao exército.
A música Cálice, lançada por Chico Buarque em 1973, faz alusão a oração de Jesus Cristo dirigida a Deus no Jardim do Getsêmane: “Pai, afasta de mim este cálice”. Para quem lutava pela democracia, o silêncio também era uma forma de morte. Para os ditadores, a morte era uma forma de silêncio. Daí nasceu a ideia de Chico Buarque: explorar a sonoridade e o duplo sentido das palavras “cálice” e “cale-se” para criticar o regime instaurado.
Os Atos Institucionais
Os Atos Institucionais foram decretos emitidos durante os anos após o golpe militar de 1964 no Brasil. Serviram como mecanismos de legitimação e legalização das ações políticas dos militares, estabelecendo para eles próprios diversos poderes extra-constitucionais.
– Ato Institucional nº1: Escrito em 1964. Com 11 artigos, dava ao governo militar o poder de alterar a constituição, cassar mandatos legislativos, suspender direitos políticos por dez anos e demitir, colocar em disponibilidade ou aposentar compulsoriamente qualquer pessoa que tivesse atentado contra a segurança do país, entre outras determinações.
– Ato Institucional nº2: Escrito em 1965. Com 33 artigos, instituiu eleição indireta para presidente da República, dissolveu todos os partidos políticos, reabriu o processo de punição aos adversários do regime, estabeleceu que o presidente poderia decretar estado de sítio por 180 dias sem consultar o Congresso, entre outras determinações.
– Ato Institucional nº3: Escrito em 1966. Estabelecia eleições indiretas para governador e vice-governador e que os prefeitos das capitais seriam indicados pelos governadores, com aprovação das assembleias legislativas. Estabeleceu o calendário eleitoral, entre outras determinações.
– Ato Institucional nº5: Escrito em 1968 sob o pretexto do Congresso não aprovar o fim das imunidades parlamentares. Este ato incluía a proibição de manifestações de natureza política, além de vetar o “habeas corpus” para crimes contra a segurança nacional e pena de morte. Concedia ao Presidente da Republica enormes poderes, tais como fechar o Congresso Nacional, cassar mandatos parlamentares, entre outras determinações.
PROCESSO DE ABERTURA POLÍTICA LENTA, GRADUAL E SEGURA
Com o fim do Ato Institucional nº 2
(AI-2) em 1979. A reforma partidária, assim como outros eventos do processo de
restabelecimento do estado de direito no Brasil, contudo, permitiram ao regime
militar controlar o ritmo da abertura política.
O Pluripartidarismo volta a existir não por bondade dos millitares mas, como uma forma de fragmentar os votos da oposição entre vários partidos.Ou seja: Antes era só ARENA(situação) e MDB(oposição), na medida que o MDB começa a ter maioria no Congresso, os Militares usam o Projeto de Abertura Política e permitam o Pluripartidarismo...pois pensavam que seus votos continuariam já os do MDB seriam divididos entre os diversos novos partidos surgidos.
DIRETAS JÁ !
Diretas Já foi um movimento político
democrático com grande participação popular que ocorreu no ano de 1984. Este
movimento era favorável e apoiava a emenda do deputado Dante de Oliveira que
restabeleceria as eleições diretas para presidente da República no Brasil.
Durante o movimento ocorreram diversas
manifestações populares em muitas cidades brasileiras como, por exemplo,
passeatas e comícios. Estes eventos populares contaram com a participação de
milhares de brasileiros.
Em 15 de janeiro de 1985, ocorreram
eleições indiretas e Tancredo Neves foi eleito presidente do Brasil. Porém, em
função de uma doença, Tancredo faleceu antes de assumir o cargo, sendo que o
vice, José Sarney, tornou-se o primeiro presidente civil após o regime de
Ditadura Militar (1964-1985).
Tancredo Neves |
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