segunda-feira, 24 de novembro de 2014

ROTEIRO 2º ANO - NEOLIBERALISMO - GLOBALIZAÇÃO - NOVA ORDEM MUNDIAL


Podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.

Características do Neoliberalismo (princípios básicos):

- (Estado Mínimo) mínima participação estatal nos rumos da economia de um país;
- pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;
- política de privatização de empresas estatais;
- livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;
- abertura da economia para a entrada de multinacionais;
- adoção de medidas contra o protecionismo econômico;
- desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o funcionamento das atividades econômicas;
- diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente;
- posição contrária aos impostos e tributos excessivos;
- aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento econômico;
- contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado, ou seja, a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços;
- a base da economia deve ser formada por empresas privadas;
- defesa dos princípios econômicos do capitalismo.
Críticas ao neoliberalismo Exploração dos Países Pobres ou em Desenvolvimento

Os críticos ao sistema afirmam que a economia neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional.

Pontos positivos

Os defensores do neoliberalismo acreditam que este sistema é capaz de proporcionar o desenvolvimento econômico e social de um país. Defendem que o neoliberalismo deixa a economia mais competitiva, proporciona o desenvolvimento tecnológico e, através da livre concorrência, faz os preços e a inflação caírem. 

Exemplos de governos que adotaram políticas econômicas neoliberais no Brasil: 
Fernando Collor de Melo (1990 - 1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995 - 2003)

O ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL
Forma de Estado que sucede o Estado liberal,logo após a Crise de 29 e usaria a força estatal por meio da implementação de políticas públicas, visando intervir nas leis de mercado e assegurar para os seus cidadãos um patamar mínimo de igualdade social e um padrão mínimo de bem-estar. Considerando que a igualdade passasse a ser valorizada e a interferência do Estado nas relações sociais passasse a ser vista como necessária e positiva. Nesta forma de organização, o Estado é o agente regulamentador de toda vida social, política e econômica do país.
A partir das décadas de 1970 e 1980 essas idéias serão modificadas com uma teoria menos social baseado no neoliberalismo onde o Estado não seria mais o responsável por oferecer o bem estar...deveria apenas regulamentar os meios para que a economia oferecesse essas condições...a isso chamamos de ESTADO NEOLIBERAL.
GLOBALIZAÇÃO
globalização é um fenômeno social que ocorre em escala global. Esse processo consiste em uma integração em caráter econômico, social, cultural e político entre diferentes países.


PONTOS POSITIVOS:
*  Tecnologia
* Comunicação
* Conforto
* Relacionamento
* Fácil acesso à tudo
* Praticidade
* Agilidade
* Conexão
* Visão ampla do mundo
* Valorização
* Economia
* Crescimento.

PONTOS NEGATIVOS
* Expansão( impacto no meio ambiente)
* Poluição
* Conflitos( econômicos, políticos e concorrência)
* Competição
* Desunião
* Preconceito/discriminação
* Irresponsabilidade( valorização do material). 


NOVA ORDEM MUNDIAL

Nova Ordem Mundial – ou Nova Ordem Geopolítica Mundial – significa o plano geopolítico internacional das correlações de poder e força entre os Estados Nacionais após o final da Guerra Fria.
Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, e o esfacelamento da União Soviética, em 1991, o mundo se viu diante de uma nova configuração política. A soberania dos Estados Unidos e do capitalismo se estendeu por praticamente todo o mundo e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se consolidou como o maior e mais poderoso tratado militar internacional. O planeta, que antes se encontrava na denominada “Ordem Bipolar” da Guerra Fria, passou a buscar um novo termo para designar o novo plano político.


CARACTERÍSTICAS:

1) Fim da guerra fria e da maior potência socialista do planeta,a antiga URSS,conseqüentemente,o fim do mundo bipolar.
 
2)Nova Ordem Mundial-Mundo Multipolar,liderado pelos EUA,União Européia e Japão. 

3) O antigo terceiro mundo se reorganiza em nações emergentes e nações exportadoras de produtos primários como alimentos ou minérios,apresentando desvantagens na balança comercial. 

4) Os países mais ricos passam a produzir tecnologia de ponta e exportam para os outros países e se mantém em posição privilegiada em relação a economia mundial. 

5)Os países mais ricos tomam medidas protecionistas em relação a produção de seus produtos agropecuários,com medo da concorrência dos países emergentes,como Brasil,Argentina,México,Índia e outros.

ROTEIRO 7ª SÉRIE - SEGUNDO REINADO - PROVA FINAL

O Segundo Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao governo de D. Pedro II. Teve início em 23 de julho de 1840, com a mudança na Constituição que declarou Pedro de Alcântara maior de idade com 14 anos e, portanto, apto para assumir o governo. O 2º Reinado terminou em 15 de novembro de 1889, com a Proclamação da República.


POR QUE NO BRASIL, O PARLAMENTARISMO ERA AS AVESSAS ?

Porque o parlamentarismo brasileiro era o contrário do modelo original do parlamentarismo (da monarquia inglesa). Na Inglaterra, o Parlamento elegia o primeiro-ministro (chefe de governo: escolhido pelo partido vencedor das eleições) que era apresentado à Coroa (chefe de Estado: "o rei reina, mas não governa"). Já no Brasil, o rei reinava e governava pois tinha o poder Moderador (controle sobre os outros três poderes), assim D. Pedro II nomeava o primeiro-ministro, este era apresentado ao Congresso e convocava eleições fazendo ganhar o seu próprio partido (quando o imperador escolhia o primeiro-ministro, praticamente já estava escolhendo o partido vencedor das eleições).

Conheça a história dos ciclos do café no Vale do Paraíba e no Oeste Paulista

A região do Vale do Paraíba era bastante apropriada para a cafeicultura, pois era abundante em terras virgens e tinha um clima favorável. A implantação das fazendas se deu pela tradicional forma de plantation, ou seja, grandes propriedades, cultivo para exportação e uso de mão-de-obra escrava. 
 A produção era feita através do uso extensivo do solo, ou seja, somente quando a terra não tinha mais nutrientes necessários é que se trocava de região, deixando a antiga abandonada ou para pequenas plantações. Os instrumentos de trabalho eram, praticamente, apenas a enxada e a foice. Quando a planta começava a produzir, os escravos colhiam o café manualmente.

A produção do Oeste Paulista se sobrepusesse à do Vale. As condições de solo e clima eram bem mais propícias para o café em São Paulo, onde a planta chegava a ter cinco anos a mais de produtividade do que em outras regiões. Também o uso de uma tecnologia mais avançada foi muito importante para São Paulo. Através do arado e do despolpador ¿ para descascar os grãos ¿ aumentaram a eficiência da produção.
> Quanto à mão-de-obra, o Oeste também usou a escrava africana. Contudo, por se desenvolver um pouco mais tarde, praticamente quando o tráfico negreiro já havia sido proibido, buscou-se uma outra alternativa de trabalhadores. Vieram os imigrantes.
Questão abolicionista
- Lei Eusébio de Queiróz (1850): extinguiu oficialmente o tráfico de escravos no Brasil
- Lei do Ventre Livre (1871): tornou livre os filhos de escravos nascidos após a promulgação da lei.
- Lei dos Sexagenários (1885): dava liberdade aos escravos ao completarem 65 anos de idade.
- Lei Áurea (1888): assinada pela Princesa Isabel, aboliu a escravidão no Brasil.
O Café e a Industrialização do Brasil
A indústria brasileira nasceu principalmente do capital proveniente do Ciclo do Café, justamente na região onde hoje é São Paulo, pegando algumas áreas do sul do RJ, sul de Minas e nordeste do Paraná. 
O Brasil começou a implantar indústrias por um motivo principal: até então, o país importava quase todos os produtos industriais, mas com guerras e crises internacionais, os fornecedores foram perdendo capacidade produtiva e não tinham mais como fornecer tanto ao nosso país. Criou-se o que chamam de "indústria de substituição", ou seja, "já que os países que vendem para nós já não conseguem mais produzir, então vamos produzir nós mesmos". 
Política no Segundo Reinado

A política no Segundo Reinado foi marcada pela disputa entre o Partido Liberal e o Conservador. Estes dois partidos defendiam quase os mesmos interesses, pois eram elitistas.
A LEI DA TERRA
a Lei de Terras, de 1850, determinou que a aquisições de terras públicas só poderiam ocorrer através da compra, ou seja, só poderiam ser adquiridas por aqueles que tivessem condições de pagar por elas. Essa lei ajuda a entender por que o Brasil possui uma extrema concentração de terra, latifúndios improdutivos e uma grande massa de excluídos, os trabalhadores sem terra. 

Um dos objetivos da Lei de Terras foi exatamente impedir que os imigrantes e os trabalhadores brancos pobres, negros libertos e mestiços tivessem acesso à terra. Seu efeito prático foi dificultar a formação de pequenos proprietários e liberar a mão-de-obra para os grandes fazendeiros. Dessa maneira, foi barrado o acesso à terra para a grande maioria do povo brasileiro, que sem opções migrou para os centros urbanos ou tornou-se bóia-fria. Outros continuaram no campo como posseiros, numa situação de ilegalidade, sem direito ao título de propriedade. 

ELEIÇÕES DO CACETE
Eleições do Cacete é como ficaram conhecidas as eleições realizadas no Brasil em 1840. D. Pedro II, que já era imperador mesmo tendo apenas 14 anos de idade, escolheu políticos liberais para compor seu primeiro ministério e convocou novas eleições para escolher os membros da Câmara.
Os liberais queriam influência total sobre o imperador, e para conseguir alcançar mais facilmente seus interesses e ter maioria na Câmara, eles cometeram ilegalidades e violências, como roubo de urnas, falsificação de votos, espancamentos e até assassinatos. Mesmo com todas essas falcatruas, os liberais perderam poder quando, em 1841, D. Pedro II destituiu o ministério liberal, trocando-o por outro de tendência conservadora.