domingo, 18 de maio de 2014

REVISÃO 8º ANO

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

DIFERENÇAS ENTRE OS TIPOS DE PRODUÇÃO

Artesanato: o produtor possuía os meios de produção: instalações, ferramentas e matéria-prima. Em casa, sozinho ou com a família, o artesão realizava todas as etapas da produção. 

Manufatura:  O manufatureiro distribuía a matéria-prima e o arte­são trabalhava em casa, recebendo pagamento combinado.  A produtividade aumentou por causa da divisão social, isto é, cada trabalhador realizava uma etapa da produção. 

Maquinofatura: o trabalhador estava sub­metido ao regime de funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. Foi nesta etapa que se consolidou a Revolução Industrial.


A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL SÓ FOI POSSÍVEL NA INGLATERRA GRAÇAS A ALGUNS FATORES:

a) acumulação de capital; 
b) existência de matérias-primas; 
c) mão-de-obra disponível; 
d) mercados consumidores. 


As condições da classe operária à época da Revolução Industrial


Os trabalhadores, submetidos a esta nova ordem, muito sofreram em busca de melhorias de vida que nunca chegavam, devido ao salário extremamente baixo. Acabavam, assim, realizando seus serviços pela própria subsistência, sob péssimas condições de trabalho, em jornadas extremamente longas – às vezes de 16 horas diárias – trabalhando até o limite das forças e, não raro, tidos por negligentes e insubordinados pelos seus empregadores, ainda que tal se desse pela exaustão física. Ademais, tiveram que aprender a trabalhar de maneira regular e ininterrupta, de forma que o trabalho rendesse. Além disso, utilizavam meios de produção que não lhes pertenciam e geravam excedentes que, da mesma forma, nunca iriam lhes pertencer, com a única finalidade de produzir o lucro para os burgueses. Esses patrões os utilizariam para continuar a financiar a industrialização, ou seja, enriquecendo frente ao contínuo empobrecimento dos proletários, o que levava os segundos à insatisfação, muitas vezes ocasionando conflitos. Vemos assim que o proletário era alienado do seu trabalho, pois além de não saber qual era o fim da sua produção, não podia usufruir o produto que era destinado a outros.

Importante ressaltar a preferência de certos burgueses pela utilização em larga escala da mão-de-obra considerada mais “dócil” e – claro – mais barata, como as mulheres (principalmente para a tecelagem), crianças e rapazes abaixo dos 18 anos de idade, o que levava ao desemprego dos homens adultos.
Dessa forma, a miséria e a fome não tardaram a aparecer, assim como doenças como a cólera e o tifo nas humildes regiões habitacionais, devido às péssimas condições de higiene, escassez do fornecimento de água e pelo fato de não terem como se protegerem do frio. Tal quadro levou à morte inúmeros trabalhadores pobres.
A triste realidade da classe trabalhadora não se restringiu à população urbana. Da mesma forma, os camponeses, desprovidos de terra ou assentados em terrenos inférteis, também sofriam com a fome.

MOVIMENTOS OPERÁRIOS

Ludismo

  O Ludismo estorou em 1811, foi uma das primeiras revoltas dos operários que eram contra os avanços tecnológicos, que substituíam homens por máquinas, e o nome deriva de um dos líderes, Ned Ludd. Eram revoltas radicais, onde os trabalhadores invadiam as fábricas, e destruíam as máquinas, ficando conhecidos como “quebradores de máquinas”.

Cartismo
  De forma um pouco mais organizada, em 1836 surgiu o Cartismo, constituído pela “Associação dos Operários” e liderado por Feargus O’Connor e William Lovett. Reinvidicavam direitos políticos, como o sufrágio universal (direito de voto), o voto secreto, melhoria das condições e  jornadas de trabalho. Redigiram a “Carta da Povo”, onde pediam um conjunto de reformas junto ao Parlamento

Trade-Unions e Sindicatos

  Os operários chegaram à conclusão de que a união era fundamental para se contrapor ao poder burguês, então criararam os “trade-unions”, associações formadas pelos operários, mas que possuiam uma evolução muito lenta nas reinvidicações que faziam. Porém, evoluíram e formaram os sindicatos, que eram sistemas de organização que defendiam  seus direitos, eram os focos de resistência à expolaração capitalista. Mas diferente dos sindicatos de hoje, tinham muita dificuldade de atuação.

INDEPENDÊNCIAS DAS 13 COLÔNIAS INGLESAS

TIPOS DE COLONIZAÇÃO:

Colônias de exploração: 
> América Espanhola, Brasil, Caribe e sul dos EUA; 
> Latifúndio com monocultura voltada para o mercado externo; 
> Trabalho compulsório: escravidão negra e trabalho servil dos índios; 
> Subordinadas ao pacto colonial: só podem comerciar com a Metrópole e só podem produzir o que a Metrópole permite.
 
Colônias de povoamento: 
> Norte dos EUA 
> pequena propriedade familiar com policultura voltada para o mercado interno, trabalho livre e desenvolvimento de manufaturas; 
> Grande liberdade política e de comércio, os colonos podem eleger assembléias que trabalham junto com os governadores (autogoverno).

APÓS A GUERRA DOS 7 ANOS CONTRA A FRANÇA, A INGLATERRA IMPÔS IMPOSTOS SOBRE TODAS AS SUAS 13 COLÔNIAS...O QUE PROVOCOU O INÍCIO DO PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA.

A Lei do Chá > Em 1773, o parlamento britânico autorizou o monopólio do comércio do chá à companhia da Índias Orientais, sediada em Londres. Essa empresa passaria a distribuir o produto diretamente nos mercados da colônia. O que afetou o interesse dos colonos, desencadeando a revolta que ficou conhecida como Boston Tea Party. 

A Lei do Açúcar > O objetivo da lei do açúcar era incentivar os colonos a consumir somente o açúcar diretamente dos ingleses.Aumentava os impostos que os colonos deviam pagar sobre o melaço, o vinho, o café, a seda e o linho em seus portos. 

A Lei do Selo > Foi aprovada pelo Parlamento Inglês em 1765, estabelecendo que todos os documentos em circulação na colônia americana deveriam receber selos provenientes da metrópole. 

A INFLUÊNCIA DO ILUMINISMO NA INDEPENDÊNCIA DAS 13 COLÔNIAS:

A Independência das treze colônias inglesas da América do Norte foi um movimento de grande importância, pois foi o primeiro movimento de emancipação que alcançou resultado efetivo, sendo considerada como uma das Revoluções Burguesas do século XVIII. Neste século, vários movimentos caracterizaram a ascensão da burguesia, apoiada nos ideais liberais do Iluminismo. 
O ideal iluminista expandiu-se não só pela Europa, mas teve repercussões na América e no caso dos "EUA", foram as idéias de John Locke que encontraram maior eco na sociedade. Locke fora participante da Revolução Gloriosa na Inglaterra (1688-1689), ponto de partida para o Liberalismo do século XVIII, onde se originaram as idéias da existência de Leis naturais do contrato entre govrnantes e governados, da autonomia entre os poderes de Estado, do Direito à revolta e outras, consideradas pontos básicos da liberdade humana. A “Declaração de Independência” foi inspirada nas idéias iluministas, sobretudo de John Locke, contra a arbitrariedade do governo. 
É importante notar que, apesar de toda essa movimentação ter sido influenciada pelos ideais igualitários iluministas, e de que a própria constituição dos EUA de 1787 ter trazido a garantia aos direitos e às liberdades individuais, por muito tempo ainda perdurou a escravidão no país.

Profº. Wilson Correia